AS DISFUNÇÕES DO FÍGADO E AS TÉCNICAS MANUAIS
Todo mundo já deve ter ouvido alguém reclamar de que estava com uma dor de cabeça forte depois de comer algo, que não caiu bem, certo? É porque existe uma relação entre um problema visceral, uma disfunção hepática, e um sintoma neurológico, ou uma parestesia de membro.
O fígado é responsável por inúmeras funções fisiológicas, produz a bile que facilita a absorção da gordura, trabalha as células sanguíneas, metaboliza carboidratos, proteínas e gorduras, faz o armazenamento de vitaminas, dentre outras.
Outra importante função no fígado é a conversão de amônia, NH3, em ureia. Quando há disfunção no fígado, pela sua motilidade visceral ou pela interferência do sistema nervoso (SN) autônomo, podem ocorrer dores de cabeça, parestesias, tremores nas mãos, dores nos ombros e problemas respiratórios. Esse sistema nervoso autônomo é composto pelo SN Simpático, que atua nos momentos em que estamos em perigo, para o entrar em ação, lutar ou fugir, e pelo SN Parassimpático, o responsável pelo repouso e acúmulo de energia, que atua no processo da digestão, evacuação, atua na produção do suco gástrico e da bile.
Após uma acurada avaliação, nossa conduta no tratamento se pauta pela aplicação de técnicas osteopáticas, com a utilização de manipulações estruturais/articulares e uso de técnicas hemodinâmicas, para melhora da qualidade de vida dos pacientes.
Quando uma das inervações dos sistemas citados encontra-se prejudicada, pode ocorrer uma disfunção visceral, gerar sintomas desagradáveis, dor de estômago, a ânsia de vômito e/ou até arritmias e falta de ar.
A partir do momento em que as nossas técnicas de osteopatia corrigem essas disfunções devolvemos a normalidade às tais inervações autônomas ligadas ao órgão em sofrimento, proporcionando logo em seguida um bem-estar com mais qualidade de vida para os pacientes.
Graziela Fumagalli
Osteopata